MENINO EMOCIONA AO RELATAR NA WEB ROTINA PARA TRANSPLANTE DE CORAÇÃO - PROLAB - Centro Diagnóstico Cardiológico

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MENINO EMOCIONA AO RELATAR NA WEB ROTINA PARA TRANSPLANTE DE CORAÇÃO

Por: admin 16/06/2015 2:11

Um menino de dez anos que precisou de um transplante de coração, devido a uma doença grave, conquistou médicos e amigos em Porto Alegre. Enquanto aguardava pela chegada de um doador, Leandro Bonemberguer alimentou uma página na rede social para contar sobre sua rotina no hospital. As postagens fizeram tanto sucesso que a criança já é considerada um símbolo da importância da doação de órgãos no estado.

Leandro tinha uma doença grave que fazia o coração crescer demais (Foto: Reprodução/RBS TV)
Leandro tinha uma doença grave que fazia coração
crescer demais (Foto: Reprodução/RBS TV)

Leandro estava com um problema grave que fazia o coração crescer demais. A torcida pela recuperação do menino era enorme. Amigos a quilômetros de distância torciam para que o tratamento desse certo.

“Ele já não conseguia brincar, correr, fazer as atividades naturais de uma criança. Ele conseguiu ficar há alguns anos bem melhor, mas nunca foi uma criança absolutamente normal e sempre foi dito para a familia que, em algum momento, ele precisaria de um transplante de coração. No final do ano passado, ele internou com um quadro descompensado, e a gente colocou ele numa lista prioritária para receber esse coração”, explica a cardiologista pediátrica Suzana Horowitz.

Leandro deu entrada no Instituto de Cardiologia em dezembro, e só teve alta no mês passado. Foram quatro meses de tratamento difícil e de um transplante de coração que foi bem sucedido. Nesse período, encontrou uma maneira de não ficar afastado da família e dos amigos. Pelo contrário. Esteve ainda mais perto através de relatos sobre sua rotina em uma rede social.

“Eu tinha notebook. Daí botava no Facebook”, conta ele.

As fotos postadas mostravam as dificuldades do tratamento. Leandro sempre contava os detalhes nos textos. Quando reclamava da dor, por exemplo, utilizava a expressão “que sofredeira”, que acabou sendo usada por todos no hospital.

Outra que ficou famosa foi o apelido que o menino deu para o soro que tomava. O equipamento virou a “namorada magricela” de Leandro. Amigos do município de Santo Antônio do Palma, no Norte do estado, acompanhavam tudo.

“Sempre alegre, sempre feliz, sempre postando, qualquer coisinha ele postava no Facebook para os amigos. As coisas que aconteciam, ele botava lá”, conta a mãe Margarida Bonemberguer.

“É muito importante a gente falar sobre isso. Eu trabalho aqui há 23 anos com transplantes cardíacos, e o Leandro é uma criança especial para nós, porque ele está conseguindo usar a mídia de uma forma criativa, inteligente. E consegue falar de um assunto muito difícil”, aponta a enfermeira Lidia Lucas Lima.

A rotina começou a mudar quando o tão aguardado coração chegou para o transplante.

“Quando recebemos a notícia era 5h da manhã, daí eu estava lá na cidade [Santo Antônio do Palma], mas ele já postou. Postou para o colégio, dizendo ‘rezem por mim porque o meu coração está chegando’. Na verdade, a maioria ficou sabendo pela intenet. Ligaram para mim falando sobre a notícia boa”, relembra o pai, Miltom Bonemberguer.

Com tanto cuidado e uma boa torcida, o transplante deu certo. Atualmente, Leandro pode ser considerado um embaixador virtual da doação de orgãos.

“Se a gente está aqui reunido com o Leandro, feliz com a família, comemorando a alta dele, é porque a gente tem um motivo, porque a gente tem uma lista de pacientes para receber orgãos e a gente sempre diz que é importante essa conscientização do povo para doar orgãos”, afirma o cirurgão Alvário Albrech.

É só Leandro chegar ao hospital para fazer exames que a notícia logo se espalha entre os funcionários. O menino enfrentou o tratamento de forma tão positiva que o carinho permaneceu, mesmo após a alta.

“A gente trabalha aqui com o máximo de carinho, o máximo de empenho. E o Leandro é um paciente muito especial. Toda a equipe desenvolveu um carinho muito grande”, conclui o cirurgião Paulo Prates.

Fonte: G1

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